A internet foi dormir e acordou (se é que conseguiu pegar no sono) em polvorosa com a divulgação do trailer final de “Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força”. É de se compreender a empolgação, afinal são 10 anos de espera –mais de 30 se você contar quem estava aguardando a volta dos personagens originais.
Mas claro que no meio sempre aparece um troll pra estragar a alegria, e teve gente nos EUA reclamando do personagem negro (Finn, interpretado por John Boyega) e fazendo hashtag de boicote porque o filme promoveria o genocídio contra os brancos. Bitch, please…
Minha reação a tudo isso foi um pouquinho diferente:
a galera reclamando do personagem negro em @StarWarsBR. quero ver qdo perceberem que a nova Jedi é mulher #BoycottStarWarsVII #naopassarao
— Natalia Engler (@NatEngler) October 20, 2015
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Sim! Ninguém mais notou que a personagem principal dessa nova trilogia tem tudo para ser a catadora de sucata Rey, interpretada por Daisy Ridley? Ou os nerds hardcore mais preconceituosos estão apenas em estado de negação e preferem acreditar que veremos um Jedi negro antes de termos uma mulher Jedi?

Pôster de “Star Wars: Episódio 7 – O Despertar da Força”
Os sinais de que Rey é realmente o centro da trama de “O Despertar da Força” estão todos lá: é ela quem está no centro do cartaz oficial; no trailer, ouvimos a jovem perguntando a Han Solo sobre histórias do passado, que ele diz serem todas verdadeiras. “O lado sombrio. Os Jedi. São reais”, diz ele. Em seguida, vem a voz de Leia, que parece também falar com Rey: “A Força. Está chamando por você. Deixe-a despertar”.
Eu estou amando toda essa história, independente do próximo Jedi ser Rey ou Finn, porque é sempre muito bom ver mais diversidade no cinema.
Mas vocês podem perguntar: por que isso importa, não é só um produto de cultura de massa?
Sim e não. Sim, é um produto de massa, e é justamente por isso que importa, porque milhões de pessoas no mundo todo vão ver esse filme, e será ótimo se as milhões de garotas que assistirem puderem se identificar com Rey, uma heroína durona, forte, independente, inteligente, capaz.
Mas e a Leia, vocês vão perguntar? A Leia é demais, eu também acho. Mas lá nos anos 1980, fez sentido colocá-la também como donzela em perigo, sendo salva por Han Solo. Além disso, o verdadeiro protagonista era o Luke, não ela.
Fora que, entre a infinidade de filmes de aventura, ação e fantasia que ganharam espaço na memória coletiva, dá pra contar nos dedos os protagonizados por mulheres: “Alien”, “O Exterminador do Futuro”, “Resident Evil”, “Kill Bill”, “Jogos Vorazes”…
E isso importa por que estamos cansadas de ver sempre os mesmos personagens femininos nos filmes de aventura, sempre a donzela em perigo, sempre o interesse romântico, a mãe, irmã, a personagem que vai morrer… As meninas também querem se imaginar heroínas, derrotando exércitos e chutando bundas. Por que não?

Daisy Ridley como Rey em cena do trailer “Star Wars: Episódio 7 – O Despertar da Força”
Tenho indicado seu blog pras migas que não entendem muito do feminismo.
Acho ele uma REAL referencia no assunto e com esse post não poderia ser diferente!
Beijos!
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Obrigada, Vera!
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Quem realmente gosta de Star Wars saber que a força aparece em qualquer lugar. Em todos os filmes é possível ver Jedis de diferentes espécies. Leia tinha poderes Jedi, mestre Windu era negro, mestre Yoda era um ser um alien ancião… Estou achando a história ótima! May the force be with you!
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